A BOCA DE CINEMA já era um um pólo da indústria cinematográfica desde as décadas de 1920 e 1930, quando empresas como a Paramount, a Fox e a MGM se instalaram na região, próximo à Estação da Luz e antiga Estação Sorocabana (hoje Júlio Prestes), na cidade de São Paulo, Brasil. Já a partir da agitação dos anos de 1960, era comum ver homens guiando carroças carregadas de latas de filmes pelas vias públicas. Grandes cineastas, como Walter Hugo Khouri, Amácio Mazzaroppi, Carlos Reichenbach, José Mojica Marins, Luiz Castelini, Alfredo Sternheim, Juan Bajon, Cláudio Cunha, Ozualdo Candeias entre muitos outros, tinham clara proposta autoral em seus filmes, mas a produção da BOCA ficou mesmo caracterizada pelos filmes baratos que tinham forte apelo sexual e, algumas vezes, batiam milhões de espectadores de bilheteria. Na Boca a regra era produzir a toque de caixa. Filmes de cangaço, kung fu, terror, faroestes, policiais, experimentais, dramas e pornochanchadas fizeram uma ponte direta com um público popular que, não por acaso, lotava as salas em busca de entretenimento.
Em 1994 o cinema praticamente acabou na Boca e em todo Brasil, mas dizem que a Boca está de volta,
pouco a pouco retomando a rua do Triunfo. Viva o cinema nacional!